Após décadas de reivindicações dos estudantes por um espaço de formação superior na zona leste, o governo federal investirá R$110 milhões e mais de 2 mil vagas

por Gabriel Nassif


Após décadas de reivindicações dos estudantes por um espaço de formação superior, o governo federal lançou a pedra fundamental para dois novos campi, no bairro Cidade Tiradentes, zona leste da capital de São Paulo.


Serão investidos R$110 milhões na construção e as obras do campus Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) devem começar até o final de 2024. A nova instituição atenderá principalmente os estudantes da região leste da cidade.


“Muita gente sonhou com esse campus” afirmou a estudante, Vitória Sampaio. Graduada em geografia pela Unifesp, Vitória participou da cerimônia como representante da primeira turma do campus. “A gente leva esse legado com muito orgulho e daqui pra frente terão muitos mais estudantes como eu aqui” completou.


A universidade ofertará outros nove cursos, entre eles engenharia, arquitetura e administração, além do curso de geografia e mais de duas mil vagas.


 

Um avanço para a comunidade


 

Para o professor de ensino em redes sociais, Adalberto Vieira, o anúncio dos novos campi é um avanço para toda a comunidade da zona leste.


“É uma transição da cidade dormitório para uma cidade da produção do conhecimento.


Marca um novo período para a população, para juventude e para os produtores de conhecimento” comentou Adalberto.


Os anúncios foram feitos durante a cerimônia de lançamento e teve a participação do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e de outras autoridades políticas.


Em conversa com o pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos considera a possibilidade de construir mais polos federais de ensino superior na periferia. “São Paulo tinha até hoje dois institutos federais construídos durante todo o período, o instituto de Pirituba e o de São Miguel”, comentou.


“A partir de hoje nós temos mais dois, então isso já é um avanço. O instituto federal é um modelo de sucesso de formação profissional”, concluiu Boulos.


 


A luta pela igualdade de classes


 


O presidente ressaltou a importância do governo trabalhar para permitir que exista maior igualdade de classes sociais no Brasil.


“Eu sei que não é de hoje que vocês brigam para que a zona leste tenha educação de qualidade da creche à universidade, mas é importante que a gente coloque o povo mais humilde para subir um degrau na escala social desse país” declarou o presidente. Segundo ele, a educação é o começo de um país mais igualitário.





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